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De acordo com
Nascimento et. al. (2007) o conceito de infância é tanto cultural quanto
biológico. “A palavra infância evoca um período que se inicia com o nascimento
e termina com a puberdade” (Andrade, 2010, p.53). A criança é visa como um ser
em desenvolvimento, aonde o crescimento se dá em uma sucessão de fases
cognitivas e psicológicas (Nascimento et. al., 2007). Santos e Lauro (2003)
defendem que as infâncias são várias, pois depende da criança, do seu contexto,
desenvolvimento, subjetividade e aprendizado. A infância é um período onde a
construção do ser é mais evidente do que em outras etapas da vida, sendo de
grande desenvolvimento motor, emocional, social, intelectual, etc. Aonde também
se destaca a apropriação que a criança faz do mundo através do brincar.
Globalmente e por
muito tempo as crianças eram levadas às salas de cirurgia sem terem consciência
do que aconteceria com elas, pensava-se que seria melhor não gerar ansiedade e
medo antecipado na criança, da mesma forma que acreditava-se também ser melhor
não discutir com elas sobre a experiência que haviam passado após a cirurgia,
pois acreditava-se que esqueceriam rapidamente. A mesma autora coloca que
posteriormente, após a realização de pesquisas e estudos foi garantido o
direito da criança de saber a verdade sobre sua realidade e as experiências que
enfrentaria em cirurgia (Huerta, 1996).
Muitas vezes não existe a preocupação de tentar explicar para a
criança o que está acontecendo, sendo que diversos problemas advém desta falta
de explicação sobre o que está ocorrendo e o motivo dos exames realizados e
medicamentos aplicados.
A internação e o
processo cirúrgico não envolvem apenas aspectos biológicos e psíquicos, mas
também sociais – e assim, o profissional que está oferecendo acolhimento para o
paciente pediátrico deve estar ciente da integralidade do ser. Uma criança em
idade escolar, por exemplo, ao ser privada do convívio com seus pares, irá
sofrer muito mais com a hospitalização do que a criança que não possuía o
hábito do convívio social.
De modo geral,
recomenda-se os seguintes métodos:
• crianças até 1,5 -
2 anos: preparar suas mães;
• crianças de 2 a 4
anos: dramatizar os aspectos mais relevantes do procedimento, tais como: pessoas
usando avental, máscara e gorro; a anestesia é um "cheirinho" ou
"um remédio para você dormir e não sentir dor"; acordar junto aos
pais, etc.
• crianças de 4 a 6
anos e escolares iniciantes: utilizar amplamente o "brinquedo de
dramatização";
• escolares maiores:
explanação com auxilio de desenhos sobre o quê acontecerá e porquê; permitir
escolhas possíveis como o local de aplicação do pré-anestésico; permitir
privacidade para o banho e para se vestir para o C.C.;
• adolescentes:
fornecer o máximo de informação de acordo com suas necessidades, considerando
suas preocupações com sua imagem corporal e sua integridade; permitir escolhas
possíveis e privacidade para o banho e para se vestir para o C.C.; a permanência
dos pais dependerá da escolha do adolescente
Características
Particulares Da Pediatria
→Ao realizar
atendimentos para o público infantil, é fundamental que o profissional não
negligencie a influência familiar no processo terapêutico.
→Para Huerta (1996),
é necessário que exista um preparo com a família da criança, pois é esta quem
presta o cuidado e representa a rede de proteção e apoio ao indivíduo. Uma
família preparada pelos agentes de saúde certamente terá maiores condições de
auxiliar a criança a enfrentar a experiência da hospitalização.
→Os pais ou
responsáveis pela criança devem ter este espaço de fala e apoio individual, já
que o adoecimento de um ente próximo estremece toda a estrutura familiar.
A ocultação de
informações e a mentira sobre o procedimento médico ou sua finalidade estão
diretamente ligadas aos sintomas emocionais posteriores.
Em contrapartida, a
criança que foi adequadamente preparada apresenta uma diminuição no potencial
traumático da situação, diminuindo consequentemente os sintomas emocionais
posteriores.
Muitas vezes não
existe a preocupação de tentar explicar para a criança o que está acontecendo,
sendo que diversos problemas advém desta falta de explicação sobre o que está
ocorrendo e o motivo dos exames realizados e medicamentos aplicados.
Na tentativa de tornar o ambiente hospitalar mais humano, pode-se estimular a família a trazer os objetos preferidos da criança, auxiliando-a a manter o vínculo com seu lar.
Para Mesquita et. al.(2013), faz-se necessário preservar, ainda que no hospital, as características do universo infantil.
É nosso dever
assegurar a garantia do direito da criança (saber sobre a sua condição; ter
entendimento sobre o que enfrentará durante a intervenção médica; etc.).
De acordo com Huerta
(1996), devem ser oferecidas para a criança explicações honestas, diretas e
simples, de acordo com o seu nível de desenvolvimento. Torna-se importante
ressaltar que o procedimento médico inclui o período pré, durante e pós – sendo
necessário preparar o paciente para os cuidados posteriores, como curativos, a medicação,
retirada de pontos, coleta de exames, infusões intravenosas, etc.
“Um dos objetivos do
preparo é ajudar a criança a enfrentar da maneira mais sadia possível aquilo
que não pode ser evitado, e o resultado, eminentemente individual, é uma reação
de medo adequada à realidade da experiência, isto é, uma reação diferente do
pânico e da negação, pois ambos implicam na perda de contato com a realidade”
(Huerta, 1996, p.351)
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