quinta-feira, 25 de março de 2021

A SAÚDE MENTAL DURANTE O ISOLAMENTO SOCIAL: PANDEMIA DE COVID-19 (CORONAVÍRUS) EM 2020


Resumo expandido publicado no anais do VIII Congresso de Pesquisa e Extensão da FSG e VI Salão de Extensão de 2020. O presente trabalho foi apresentado em 29 de Setembro de 2020, diante de uma plateia virtual (este vídeo é anterior a apresentação formal).


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Guia de Cuidados para a Saúde mental durante a Pandemia – OMS:

1. Verifique as noticias apenas uma vez ao dia, em fontes confiáveis;
2. Criar novos hábitos ou aprender novas habilidades;
3. Criar uma rotina;
4. Em caso de home office, separar local de trabalho  da sua vida diária;
5. Manter bons hábitos gerais de saúde;
6. Se permitir sentir;
7. Ajudar o próximo;
8. Manter contatos e uma rede de apoio;
9. Respeite as medidas de prevenção.


REFERÊNCIAS:

GUZMÁN, C. M. Intervención Y Psicoterapia En Crisis En Tiempos Del Coronavirus (para psicólogas/os clínicos y psicoterapeutas). GuÍa. Centro de Estudios em Psicologian Clínica y Psicoterapia UDP. Santiago, Chile. Abril de 2020. Disponível em: http://midap.org/wp-content/uploads/2... 

URZÚA, A; VERA-VILLARROEL, P; CAQUEO-URÍZAR, A; POLANCO-CARRASCO, R. La Psicología en la prevención y manejo del COVID-19. Aportes desde la evidencia inicial. Terapia Psicológica 2020, Vol. 38, Nº 1, 103–118. Chile. Disponível em: http://teps.cl/index.php/teps/article...

SCHMIDT, B; CREPALDI, M. A; BOLZE, S. D. A; NEIVA-SILVA, L; DEMENECH, L. M. Impactos na Saúde Mental e Intervenções Psicológicas Diante da Pandemia do Novo Coronavírus (COVID-19). Seção Temática: Contribuições Da Psicologia No Contexto Da Pandemia Da Covid-19. Estud. psicol. (Campinas) vol.37 Campinas 2020 Epub 18-Maio-2020. SciELO Preprints DOI: https://doi.org/10.1590/1982-02752020.... Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?scri... 


DIGA AOS LOBOS QUE ESTOU EM CASA: June como exemplo de Tendência Atualizante

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Resumo expandido publicado no anais do VIII Congresso de Pesquisa e Extensão da FSG e VI Salão de Extensão de 2020. O presente trabalho foi apresentado em 29 de Setembro de 2020, diante de uma plateia virtual (este vídeo é anterior a apresentação formal).


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“A vida é um permanente convite para que realizemos o melhor possível aquilo que tivermos possibilidade e oportunidade para realizar”
(POMPEIA, SAPIENZA; 2004, P. 81).



quarta-feira, 10 de março de 2021

GESTALT

 


INTRODUÇÃO

Este trabalho tem como finalidade o conhecimento da história da escola Gestalt e seus influenciadores, tal como suas histórias. Para entender e desenvolver de melhor forma o assunto do trabalho, foi escolhido a pesquisa bibliográfica, pois, segundo Gil (1996, p.48), “a pesquisa bibliográfica é desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos”. Marconi e Lakatos endossam a importância deste tipo de pesquisa afirmando que,

 

Sua finalidade é colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito, dito ou filmado sobre determinado assunto, inclusive conferências seguidas de debates que tenham sido transcritos por alguma forma, quer publicadas, quer gravadas (MARCONI; LAKATOS, 2008, p.57).

 

A escola da Gestalt é baseada nos pressupostos experimentais, com foco nas questões psicológicas. As principais contribuições desse movimento foram nas áreas de dinâmica de grupos, motivação, condutas de exploração, inteligência e de alguns processos psicológicos básicos. Nesse contexto, há a oposição da subjetividade, centrando-se nos aspectos fisiológicos do sistema nervoso, bem como buscando responder temas relacionados à percepção. Apesar de Christian Von Ehrenfls ser considerado o precursor dessa escola, outros autores se destacaram. São eles: Max Wertheimer, Wolfgang Kohler e Kurt Koffka (Filho, 2009).

A palavra Gestalt, pode ser conceituada como a percepção absorvida em totalidade por um indivíduo, mais do que como uma justaposição das partes e ainda o todo excedendo sobre a soma destas partes. A Gestalt visa estudar como a mente organiza sensações e percepções. Poderemos perceber durante o proposto que os quatro estudiosos que se dedicaram a esta escola trazem diversas percepções sobre a Gestalt, sendo que todas elas se resumem à forma como vemos um todo, não é o resultado de um processo de simples soma das partes que o compõem, mas a totalidade fechada destas partes.

  

QUADRO TEÓRICO

Pode-se destacar quatro teóricos como principais influencias da Gestalt. Christian von Ehrenfls, da escola de Graz na Áustria; Max Wertheimer, Wolfgang Kohler e Kurt Koffka, da escola de Berlim. Segundo Bock (2004), enquanto a escola de Graz, na Áustria desenvolvia uma psicofísica com estudos sobre as sensações de espaço-forma e tempo-forma, podendo ser considerada como a mais direta antecedência da Psicologia da Gestalt. Os teóricos na escola de Berlim, baseados nos estudos psicofísicos que relacionaram a forma e sua percepção, construíram as bases de uma teoria eminentemente psicológica. Eles iniciaram seus estudos pela percepção e sensação do movimento. Buscavam compreender quais os processos psicológicos envolvidos na ilusão de ótica, quando o estímulo físico é percebido pelo sujeito com uma forma diferente do que ele é na realidade.

Christian Von Ehrenfls, nasceu no ano 1859 em Rodaun, perto de Viena, cursou filosofia, foi um jovem palestrante e professor onde escreveu sua tese sobre “sentimento e verdade” formando assim sua base psicológica para suas posteriores teorias (Rollinger 2008). Ehrenfels lecionou até sua aposentadoria na Universidade de Praga, sendo um pensador independente que desejava reconstruir a ética sexual, para ele fazia sentido a poligamia para homens com posições elevadas, acreditava que assim poderia aumentar-se a população com qualidades nobres, mas contrariava quem era à favor da “pureza racial” sendo à favor de raças mistas. As suas tentativas a ética sexual foram invalidadas, com isso foi perdendo o interesse e se preocupando mais com criar uma nova religião, onde deveria ser sensata e de modo lógico, mítico ou científico, foi quando ele expandiu sua carreira com qualidades gestálticas (Zimmer em Albertazzi et al. 2001).

As contribuições mais lembrada de Ehrenfels para a filosofia e a psicologia é a ideia Gestalt, começou os estudos que permearam na escola de Brentano, mas suas observações não se fundavam pois eram pouco claras, não conseguiu construir sua escola própria, embora tenha sido o primeiro professor de Max Wertheim. (Rollinger 2008). Aos meados de 1873, Ehrenfels, oferecia uma visão geral da Gestalt e os minuciosos detalhes foram deixados para as escolas de Graz e Berlim da Gestalt,criada pelos então alunos Max Wertheimer, Kurt Koffka e Wolfgang Köhler e Meinong (Zimmer em Albertazzi et al. 2001).

Um dos grandes colaboradores da teoria da Gestalt, sendo colega de Köhler e Kofka, e também considerado o fundador da Psicologia da Gestalt, foi Max Wertheimer (1880 – 1943). As pessoas que o conheceram, descrevem-no como um homem extremamente dedicado em encontrar a verdade, um visionário, muito responsável frente aos seus estudos, além de se esforçar grandemente para fazer justiça diante das diferentes situações. Ademais, foi o primeiro a estudar, de forma sistemática, o movimento aparente ou ideal de um objeto, bem como de discuti-lo junto às questões da Gestalt (King &Wertheimer, 2009). Em suma, teve uma importante contribuição para a área da percepção visual, bem como foi pioneiro em estudos a respeito da organização da figura (figural) e no movimento percebido (Spillmann, 2012).

Em função de haver uma prevalência, no tempo em que Wertheimer realizou seus estudos, do behaviorismo radial e, também, do introspeccionismo, pode-se afirmar que a abordagem desse autor é considerada mais influente na psicologia cognitiva atual. Além disso, por mais que se mostrem necessárias mais pesquisas na área da percepção do movimento, os experimentos e as “teorizações biopsicológicas” concretizadas por Wertheimer, ainda são extremamente relevantes no contexto da investigação no campo psicológico (Sarris, 1989).

Nascido no ano de 1887, Wolfgang Köhler especializou-se em Filosofia, assim como os outros psicólogos experimentais alemães. Na época não era possível a formação na disciplina especifica, portanto foi nas bases filosóficas que nasceu a nova psicologia (Peres, 2014). No ano de 1913, Köhler consegue o posto de Diretor da estação de pesquisa da Fundação da Academia Prussiana, onde pôde realizar suas pesquisas sobre a inteligência de chimpanzés. Ele repetiu os moldes do experimento de Thorndike, o alvo do estudo era a obtenção de alimento.  No primeiro momento da prática o filósofo deixava a comida perto do sujeito, e no segundo momento a afastava. A ideia era que o animal pudesse ver, mas não conseguisse alcançar seguindo o antigo caminho, dessa forma, um novo caminho seria a solução. Dentre as várias formas de solução, a mais notável era a que o chipanzé procurava inúmeras respostas e o desfecho chegava inesperadamente. Essa solução momentânea ganhou o nome de insight e uma definição, que é o “aparecimento de uma solução completa com relação à estrutura do campo” (Engelmann, 2002).

Por ter um posicionamento contrário ao do nazismo Köhler precisou mudar-se para os Estados Unidos, juntamente com Wertheimer. O filósofo conquistou um cargo no Swarthmore College, local onde trabalhou e realizou suas pesquisas até mesmo depois de estar aposentado (Engelmann, 2002).  Também nos Estados Unidos, no ano de 1947, Wolfgang publicou uma das mais importantes obras de introdução a Gestalt, chamada Psicologia da Gestalt (Peres, 2014).

Em seus 80 anos de vida, Wolfgang Köhler realizou muitas construções teóricas e deixou muitas contribuições para a Psicologia. Entre elas o resultado de pesquisas sobre processos como a força da Gestalt, o insight, o sistema físico, dimensões da mente, entre outros (Engelmann, 2002). 

Kurt Koffka (1886-1943) nasceu em Berlim, Psicólogo, foi um dos fundadores da Gestalt. Serviu como sujeito dos experimentos perceptivos de Max Wertheimer. Em 1921, publicou um livro que tratava dos princípios da Gestalt. Nos Estados Unidos foi nomeado professor de psicologia, e em 1935 publicou o livro Princípios da Psicologia da Gestalt (Jacó-Vilela et. al., 2014).

As pesquisas da Gestalt, voltadas às questões psicofisiológicas, buscavam compreender como o cérebro percebia o todo, além da simples visão da retina. Dentro dessa perspectiva,“[...] todo processo consciente, toda forma psicologicamente percebida está estreitamente relacionada às forças integradoras do processo fisiológico cerebral” (Filho, 2009, p. 19). Nesse aspecto, a percepção está ligada diretamente ao processo de excitação cerebral, que acontece de forma global, das relações, não mais individualizada, fragmentada. Há uma interdependência entre as partes, estão conectadas e se relacionam mutuamente (Filho, 2009).

Segundo Engelmann (2002) e Myers (2006), Gestalt é um substantivo alemão que não tem uma tradução exata e pode significar forma ou totalidade, que possui entre seus vários atributos a forma. Gestalt pode também ser considerada como “... fenômenos psicológicos com totalidades organizadoras, indivisíveis, articuladas, isto é, como configurações” (Houaiss, Villar e Franco, 2001, p. 1449.). A palavra Gestalt, no alemão tem dois significados, além de ser entendida como forma ou feitio, é uma unidade concreta (Jacó-Vilela et. al., 2014). De acordo com Engelmann (2002), pode também ser conceituada como a percepção absorvida como uma totalidade pelo indivíduo, mais do que como uma justaposição das partes. Segundo Myers (2006) na Gestalt, o todo pode exceder a soma das partes. A Gestalt estuda como a mente organiza sensações e percepções. Bock (2004) comenta que uma formulação bastante conhecida da Gestalt é a de que o todo é diferente da soma das partes. Ou seja, a percepção que temos de um todo não é o resultado de um processo de simples adição das partes que o compõem.

Conforme Richard (1994), Gestalt também é conhecida como psicologia da forma. Caracteriza-se pela unidade da percepção, na medida em que os teóricos relacionam que uma visão unificada do todo não pode ser produto de associações cerebrais, mas age simultaneamente, no momento da percepção, sendo esta unidade perceptiva um ato psicológico. Para Engelmann (2002), as Gestalten, ou formas, percebidas primeiramente podem ser decompostas em partes. Mas as partes são sempre partes da Gestalt formadora. É mais correto expor que a Gestalt é anterior a existência das partes, que expressar o todo é mais que a soma dos elementos.

Segundo Richard (1998), o conceito de Gestalt está na forma, o que permite compreender a existência de uma globalidade na percepção, unificando os conteúdos percebidos. Trata-se de uma totalidade organizadora independente do que é percebido. A Gestalt supõem que qualquer ato psíquico é estabelecido pelo próprio sujeito, reestabelecendo a consciência dos fenômenos psicológicos. Na Gestalt o todo é considerado mais do que a simples reunião de seus elementos, Engelmann (2002) expõem que Aristóteles, no século IV (A.C.) já falava de propriedades como regularidade, simetria e simplicidade. Nos estudos da Gestalt são citados três fatores que compõem uma Gestalt: a proximidade, a semelhança e o fechamento (Engelmann, 2002).

Bock (2004) expõe que as leis de organização da Gestalt são: (1) Proximidade, explicando que elementos mais próximos são agrupados; (2) Semelhança, explicando que elementos semelhantes são agrupados; e (3) Fechamento, que acontece porque ocorre uma tendência a completar elementos faltantes da figura para garantir sua compreensão. A partir dos fenômenos de fechamento, simetria e regularidade da percepção, a Gestalt procura explicar como se compreende aquilo que é percebido. Se os elementos percebidos não apresentam equilíbrio, simetria, estabilidade, simplicidade e regularidade, não será possível alcançar a boa-forma, ou seja, uma boa percepção da unidade. Este conceito é utilizado também na pedagogia (Bock, 2004).

Para Jacó-Vilela (2014), a primeira tarefa perceptiva é perceber qualquer objeto ou figura como distinto de seus arredores (fundo). Por exemplo, enquanto faz-se uma leitura, as palavras são a figura, e o papel branco, o fundo. De acordo com Richard (1998), ao se observar uma imagem, o fundo é produto de associações que provem de uma organização cerebral que conecta os elementos ao unificado, já a forma é própria da atividade do sujeito que percebe, de onde se dá a condição primeira para a percepção, que organiza o fundo. A origem da forma provem da consciência do sujeito que percebe. Entretanto, Gestalt é uma teoria da percepção que articula com a consciência do individuo. Portanto a percepção não se trata de um fenômeno puramente fisiológico, pois distingue no campo perceptivo a presença de uma organização, a figura, e os elementos estruturantes que compõe o todo, o fundo. Jacó-Vilela (2014) explica que a organização interna da figura é explicada com a relação parte/todo ou figura/fundo. Uma parte se define pela função desempenhada na estrutura na qual está inserida. A parte é significativa, atributo que é essencial, inerente a figura.

Piajet (1958), expõe a idéia central da teoria da forma e afirma que os sistemas mentais jamais se constituem pela síntese ou pela associação de elementos, dados em estado isolado, antes de sua reunião, mas consistem sempre em totalidades organizadas, desde o início, sob uma forma ou estrutura de conjunto. Assim, uma percepção não é mais síntese das sensações prévias: ela é regida em todos os níveis por um campo, cujos elementos são interdependentes pelo mesmo fato de serem percebidos em conjunto. Ainda sobre Piajet (1958), coloca que as estruturas intelectuais preexistentes desde o primeiro momento na Gestalt, sob a forma de organizações comuns à percepção e ao pensamento. Essa teoria descreve as leis da estruturação do conjunto que regem tanto a percepção, como o próprio raciocínio. De acordo com Benson (2012), na Gestalt a aprendizagem é dada por insight, no processo de fracasso, pausa, percepção, insight e tentativa. Insight é o termo designa uma compreensão imediata e súbita (Bock, 2004).

Para a Gestalt as sensações são dados base de qualquer experiência, incluindo do conhecimento, que nunca seria puramente intelectual. A psicologia da forma classifica sensações como elementos psíquicos que contem formas (gestalts) temporais e espaciais. Na Gestalt há dois tipos distintos de fenômenos, os primários, que dizem respeito a sensações e a percepções no momento imediato, e os fenômenos secundários, que se referem as imagens e aos conceitos presentes na memória e na reflexão capazes de traduzir a simbolização (Richard, 1994).

Jacó-Vilela (2014) coloca que a sensação estudada na escola de Graz, é ao mesmo tempo física, psicológica e fisiológica. Na escola de Berlim, a Gestalt iniciou com os estudos da percepção do movimento, aonde a percepção é inerente ao percebido, sem nenhuma atividade intelectual para reconhecer. Percepção e sensação, em algum momento se misturam e se confundem.

Curvello e Ferreira (2014), trazem que a Gestalt defende que a percepção não poderia ser reduzida a um simples agregado e elementos sensoriais. As partes são sempre dependentes do todo. Os gestaltistas defendiam que o todo seria anterior à existência das partes: as partes seriam sempre parte de uma Gestalt formadora. (Piajet, 1958). Os teóricos da Gestalt não aceitavam a idéia de analisar a mente a partir de diferentes elementos, porque quando olhamos para o mundo, a nossa percepção contempla os objetos na sua totalidade.

Jacó-Vilela (2014), define a tarefa da psicologia como de dar conta da percepção como é vivenciada por cada um de nós. É no campo da experiência daquilo que percebemos, tal como percebemos, que nos comportamos, agimos e emocionamos. As experiências perceptivas são marcadas por relações de sentido e de valor. Koffka (1975) apud Jacó-Vilela (2014), expressa que cabe a psicologia apontar o caminho aonde a ciência e a vida vão se encontrar.

Levando as pesquisas da Gestalt para a prática psicológica utilizando-se de seus princípios e leis perceptivas, Stratton e Hayes (1994), dissertam que a Gestalt trabalha em preferência ao aqui e agora, não com o passado. Sua pretensão é promover o aumento da consciência do sujeito em relação ao modo como os processos psicológicos estão integrados. A ênfase está na compreensão da pessoa como um todo. Myers (2002) expressa que no universo o importante são os todos, que podem constituir as suas próprias partes.

Outra consideração relevante é a respeito das Leis da Gestalt, que fundamentam cientificamente a percepção visual, além de permitirem a interpretação sensível das formas da matéria. Essas leis são divididas em:

·      Unidades, representada pela junção dos elementos ou apenas por um elemento, que formam um todo;

·      Segregação, descrita pela aptidão que o nosso cérebro tem de perceber, identificar, separar e destacar dados após analisar uma estrutura. Definindo hierarquias e servindo de diferenciador das partes da estrutura/unidade, de acordo com os componentes desse elemento visual, podendo assim ter mais relevância ou se diferenciando dos outros elementos da mesma estrutura.

·      Unificação, reconhecida pela harmonia dos estímulos visuais transmitido pelos elementos visuais que constituem a estrutura, quanto maior a estabilidade dos elementos visuais estiver maior sua sensação de unificação.

·      Fechamento, aonde o “fechamento sensorial da forma” é um autoengano que o nosso cérebro produz, fazendo com que aja continuidade da estrutura de imagens que não existem.

·      Continuidade, que se caracteriza pela fluididade de uma estrutura, onde todos os elementos estarão em uma harmonia constante, podendo ser feita através de formas, cores e texturas para que o cérebro decifre o código visual.

·      Proximidade, caracterizada por formas iguais, próximas umas às outras, formando um conceito do todo.

·      Semelhança, que se dá pela harmonia e equilíbrio visual, se agrupando quando percebem que tem semelhanças visuais e elementos parecidos.

·      Pregnância da Forma, quando há o melhor contraste da estrutura para facilitar o cérebro de perceber sua composição visual num todo.


MÉTODO

A metodologia de coleta de dados pode ser definida como uma pesquisa qualitativa, considerada como pesquisa exploratória. O levantamento bibliográfico compreende a leitura de revistas, sites como SciELO, teses de mestrado, doutorado e congressos. Segundo MACEDO (1995, p.13), busca-se informações bibliográficas que se relacionam com o problema de pesquisa, tais como livros, verbetes de enciclopédia, artigos de revistas, trabalhos de congressos, teses, doutorados, entre outros.

Define-se pesquisa exploratória: “Têm como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a tomá-lo mais explícito ou a constituir hipóteses. Pode-se dizer que estas pesquisas têm como objetivo principal o aprimoramento de ideias ou a descoberta de intuições. Seu planejamento é, portanto, bastante flexível, de modo que possibilite a consideração dos mais variados aspectos relativos ao fato estudado.” (SELLTIZ et al., 1967, p.63).

Define-se qualitativa: “As principais características dos métodos qualitativos são a imersão do pesquisador no contexto e a perspectiva interpretativa de condução da pesquisa.” (Kaplan & Duchon,1988). “Na pesquisa qualitativa, o pesquisador é um interpretador da realidade.” (Bradley, 1993).

Define-se pesquisa bibliográfica: “A pesquisa bibliográfica é feita a partir do levantamento de referências teóricas já analisadas, e publicadas por meios escritos e eletrônicos, como livros, artigos científicos, páginas de web sites. Qualquer trabalho científico inicia-se com uma pesquisa bibliográfica, que permite ao pesquisador conhecer o que já se estudou sobre o assunto.” (FONSECA, 2002, p. 32).

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

Essa pesquisa se propôs, como objetivo geral, buscar conhecimento sobre a Gestalt e seus respectivos influenciadores, mostrando-lhes uma parcela do que foi a vida e a trajetória acadêmica dos pesquisadores e seus respectivos trabalhos acadêmicos ao longo de suas vidas. Nominando também o significado da Gestalt para cada pesquisador, assim mostrando para o leitor as varias faces e formas que os pesquisadores viam e trabalhavam a Gestalt. Também enfatizando o conhecimento prévio sobre a teoria e os teóricos da linha de pesquisa apresentadas nesse trabalho acadêmico.

 

REFERENCIAS

BENSON, N; WEEKS, M; COLLIN, C; GRAND, V; LAZYAN, M; GINSBURG, J.O Livro da Psicologia. São Paulo: Globo Editora, 2012.

BOCK, A. M. Psicologias. Uma introdução ao estudo de psicologia. São Paulo: Saraiva, 2004.

CURVELLO, F; FERREIRA, A. A. L. O Trabalho Antropológico de Max Wertheimer e a Psicologia da Gestalt. Psicologia em Pesquisa. UFJF 8(1) 77-84. Janeiro-Junho, 2014.

ENGELMANN, A. A Psicologia da Gestalt e a Ciência Empírica Contemporânea. Psicologia: Teoria e Pesquisa. Jan-Abr 2002, Vol. 18 n. 1, pp. 001-016.

FILHO, J. G. Gestalt do Objeto: Sistema de leitura visual da forma. São Paulo: Escrituras, 2009.

GERHARDT, T. E., SILVEIRA, D. T. ; coordenado pela Universidade Aberta do Brasil – UAB/UFRGS e pelo Curso de Graduação Tecnológica – Planejamento e Gestão para o Desenvolvimento Rural da SEAD/UFRGS. – Métodos de pesquisa. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2009.

GIL, A. C. (1946). Como elaborar projetos de pesquisa. 4. Ed. São Paulo: Atlas, 2002

HOUAISS, A., VILLAR, F.M. E FRANCO, M. Dicionário Houaiss da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.

JACÓ-VILELA, A. M; FERREIRA, A. A L; PORTUGAL, F. T. História da Psicologia. Rumos e Percursos. Nau Editora: Rio de Janeiro, 2014.

KING, D.B. WERTHEIMER, M. Max Wertheimer & Gestalt Theory. New Jersey: Transaction Publishers, 2009. Disponível em: <https://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=44JwxvHnL40C&oi=fnd&pg=PR7&dq=max+wertheimer+gestalt&ots=p1IVn8q6SS&sig=t2l2et8Uait--aKYZfhutZWv5q0#v=onepage&q=max%20wertheimer%20gestalt&f=false> Acesso em: 13 de setembro de 2018.

MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Técnicas de Pesquisa, 7. Ed. São Paulo: Editora Atlas S.A., 2008.

MYERS, D G. Psicologia. 7ª edição. LTC: São Paulo, 2006.

PERES, S. P. A Fenomenologia de Köhler e o conceito de experiência direta. Rev. abordagem gestalt.,  Goiânia ,  v. 20, n. 2, p. 171-180, dez.  2014. Disponível em < http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-68672014000200004&lng=pt&nrm=iso >. Acesso em 16 de Setembro de 2018.

PIAGET, J. Psicologia da Inteligência. Rio de Janeiro: Fundo de Cultura, 1958.

RICHARD, M. As Correntes da Psicologia. Epigênese, Desenvolvimento e Psicologia. Instituto Piajet. Lisboa, 1998.

ROLLINGER, Robin andIerna, Carlo, "Christian von Ehrenfels", The Stanford EncyclopediaofPhilosophy (Winter 2016 Edition), Edward N. Zalta (ed.), Disponível em <https://plato.stanford.edu/archives/win2016/entries/ehrenfels/> Acesso em: 16 de Setembro de 2018.



Autores: 
Caroline Flores Zanin
Elvis Duarte de Oliveira
Helena Palavro Basso
Josielle Roggia Barcellos
Marina Lagunas
Michele Graff

PSICOLOGIA NO SUAS

 

As Deficiências da Formação do Psicólogo para Atuação no SUAS


Palavras-chave: SUAS. Graduação. Atuação do Psicólogo. 



INTRODUÇÃO:

 

Tem-se como objetivo compreender qual o lugar do profissional da psicologia no Sistema Único de Assistência Social – SUAS. Além de identificar as dificuldades do psicólogo nesta área, geradas pelo despreparo na graduação que ainda foca muito no individual e pouco no social. Diante do que se observa acerca deste tema, podemos nos questionar: Porque as graduações ainda são maioritariamente voltadas para o campo clínico, mesmo sendo a política pública um dos maiores campos de trabalho para o profissional da psicologia na atualidade? O psicólogo tem dificuldades em identificar seu papel no SUAS, podendo se sentir inseguro para atuar na área.

 

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA:

 

De acordo com Senra e Guzzo (2012), historicamente a psicologia se focou no individual, distanciando-se das questões sociais. Freud (1921) coloca que toda psicologia individual é uma psicologia social. Isso, ao mesmo tempo expõe a tendência de individualização da psicologia e ressalta a importância de compreender o meio social em que o indivíduo está inserido. A psicologia foi construída como uma prática clinicalista e elitista, sendo a atuação do psicólogo junto às políticas públicas muito recente. A entrada no campo social força o profissional a reaprender e repensar a psicologia.

Silva e Corgozinho (2011) ressaltam a falta de referências que respaldem a atuação profissional do psicólogo no campo da assistência social, tendo ainda uma formação clássica. É necessário o resgate de valores como ética e solidariedade e dos direitos humanos fundamentais em busca da melhoria da qualidade de vida. Vários autores concordam que essa tendência individualizadora descarta o papel das questões sociais e políticas, podendo levar a culpabilização do sujeito (Pereira; Guareschi, 2016; Senra; Guzzo, 2012; Ribeiro; Guzzo, 2014). Os mesmos autores colocam que os princípios históricos da psicologia trazem uma prática conservadora e superficial diante da realidade social da população atendida pela política pública de assistência social. Ainda há a predominância da reprodução do atendimento clínico na atuação do psicólogo social. Isso reflete o elitismo histórico da profissão, que deve ser superado.

Ribeiro e Guzzo (2014) apontam os problemas na identidade profissional dos psicólogos que trabalham no SUAS. Muitas vezes os profissionais só se identificam como psicólogos quando realizam atendimento individual. A formação e a prática profissional ainda são marcadas pelas práticas hegemônicas da psicologia, como o atendimento individual e as interpretações subjetivas dos problemas trazidos pelos usuários. Ressalta-se que o psicólogo não deve realizar psicoterapia no CRAS/CREAS.

Senra e Guzzo (2012) apontam que a escassez de recursos e mercado da psicologia tradicional faz com que os profissionais migrem para outras áreas, atendendo maior parcela da população. Ainda assim há insuficiência técnico-teórica e falta de pesquisas para melhor atuação no campo social. Macedo et. al. (2011) coloca que a assistência social é uma área mais recente de atuação dos psicólogos, sendo um campo mais carente de estudos, investigações e publicações quanto a atuação e a formação do profissional. Os psicólogos vem tentando construir uma nova relação da psicologia com a sociedade brasileira, havendo um maior envolvimento da psicologia com as lutas sociais.

Oliveira et. al. (2011) reforça a responsabilidade do psicólogo que, junto com o usuário do SUAS, realizar ações que possibilitem emancipação, autonomia e liberdade para gerir a própria vida, tendo segurança para desenvolver as habilidades do sujeito, que poderá assim construir um projeto de vida. De acordo com o CREPOP (2008), cabe ao psicólogo que atua no SUAS fortalecer os vínculos sócio afetivos do indivíduo. Assim promovendo a independência, autonomia e perspectiva de cidadania do usuário. Com isso favorecendo a emancipação social, diminuindo o sofrimento e evitando a cronificação dos quadros de vulnerabilidade. O que tem por objetivo oportunizar o empoderamento do sujeito e da comunidade de sua realidade. “A atuação do psicólogo, como trabalhador da Assistência Social, tem como finalidade básica o fortalecimento dos usuários como sujeitos de direitos e o fortalecimento das políticas públicas” (p. 22). O documento ainda ressalta que a psicologia deve estar comprometida com a transformação social, observando as necessidades, potencialidades, experiências e objetivos dos sujeitos. Assim utilizando e produzindo conhecimento psicológico a favor da justiça, desenvolvimento e equidade social, compreendendo as demandas e condições sociais, históricas, políticas e culturais a partir dos conhecimentos da comunidade.

 

MATERIAIS E MÉTODOS:

 

No presente estudo foi realizada uma pesquisa bibliográfica de caráter exploratório e descritivo, acerca da atuação do profissional da psicologia no SUAS e das deficiências na formação acadêmica deste. Utilizou-se como base o documento CREPOP, construído e publicado pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP) no ano de 2008. O CREPOP trata-se de um manual sobre as referências técnicas para atuação do psicólogo no SUAS. Além deste, foram utilizados outros sete artigos acadêmicos, publicados dentro dos últimos dez anos, relacionados ao tema proposto. A pesquisa dos artigos foi feita a partir dos descritores “Psicologia”, “SUAS” e “Assistência Social” em diversas plataformas de publicação cientifica como Scielo, Google Acadêmico e Redalyc. Os artigos foram escolhidos por conveniência, após a leitura de seus resumos.

 

RESULTADOS E DISCUSSÕES:

 

A inserção profissional no campo da assistência social demanda uma formação teórica, técnica e política para atuar de forma adequada no contexto. O desafio do psicólogo no SUAS é desenvolver conhecimentos e práticas que promovam a mudança dentro de uma sociedade que favorece ações de manutenção, assim, é preciso a conscientização do profissional de psicologia desde a sua graduação. A inserção do psicólogo nesse contexto ainda está em construção e abre a possibilidade de trabalhar o fortalecimento e conscientização das pessoas para reivindicarem seus direitos (Ribeiro e Guzzo, 2014). Uma das dificuldades do psicólogo em sua prática é uma “formação pouco embasada na realidade de atuação da psicologia social” (Senra e Guzzo, 2012, p. 295). Há muitas dúvidas quanto às especificidades da atuação do psicólogo no campo da Assistência Social. É difícil a insegurança de uma prática que se constrói em si, sem a garantia de um aporte teórico como subsistência, como ocorre na clínica, que mesmo assim é imprevisível.

De acordo com Pereira e Guareschi (2016) faz parte das funções do psicólogo do SUAS trabalhar a autonomia do sujeito como integrante da sociedade; garantir e auxiliar o acesso aos seus direitos, valorizar e auxiliar na construção da subjetividade do indivíduo, sendo esse, autor e ator do processo de mudança. Macedo et. al. (2011) expressa que faz-se necessário desconstruir o fazer do psicólogo que individualiza, patologiza e moraliza as questões sociais. Isso pode acarretar a culpabilização o indivíduo por sua situação social. Cabe ao profissional desenvolver novas habilidades e competências na profissão a fim de construir este novo olhar.

Não basta apenas deslocar práticas e moldes teóricos de outros contextos de atuação do psicólogo para os espaços comunitários. É necessário retomar o projeto da profissão, com criticidade consciente acerca dos diferentes elementos da formação e do exercício profissional. O protagonismo do psicólogo na construção de uma nova psicologia exige posicionamento crítico constante acerca de sua própria formação e atuação e também sobre a realidade social, econômica, cultural, histórica e política dos sujeitos. Assim poderá o psicólogo utilizar sua profissão como ferramenta de mudança social, a partir de uma nova perspectiva de inovação da prática profissional, atuando com compreensão e intervenção além do indivíduo, de forma mais integral, fazendo parte da luta contra os problemas de desigualdade social (Ribeiro; Guzzo, 2014).

Ribeiro e Guzzo (2014) ainda apontam que a graduação nem sempre fornece referências teóricas e técnicas adequadas para atender as demandas da população, apresentando grandes problemas na formação e construção do conhecimento. A graduação tem visível carência na formação dos psicólogos para inserção no SUAS, tornando necessário reinventar e repensar a psicologia, construindo novas práticas no cotidiano. Há um grande abismo entre o saber acadêmico e a realidade da atuação profissional. O conhecimento deve ser produzido a partir da realidade, visando uma prática com intuito de transformação. Segundo Morais et. al. (2017) é importante apontar a influência dos cursos de graduação em psicologia, que apresentam currículos engessados, voltados a formação clínica individualizada na qual é quase inexistente a inclusão de temas que permitem a discussão sobre os problemas sociais e as políticas públicas, sendo a formação um desafio quanto à preparação do psicólogo para atuar no SUAS.

 

CONCLUSÃO:

 

Com base no presente estudo, pode-se apontar que ainda há um longo caminho para a efetiva construção do lugar do psicólogo no campo social. É de grande importância a presença do psicólogo no SUAS, entretanto este, muitas vezes pode sentir-se deslocado, não reconhecendo seu lugar de atuação. O psicólogo e o assistente social, em tese desempenham as mesmas funções, entretanto o olhar do psicólogo é outro. Este enfatiza o valor da fala do sujeito, a subjetividade e o empoderamento do mesmo dentro de sua realidade. A atuação do psicólogo no SUAS requer estudo continuo e conhecimento técnico. O profissional precisa atualizar-se constantemente e estar familiarizado com os documentos e manuais. Há uma falta de preparação técnico-teórica do profissional da psicologia para a atuação no SUAS, ressalta-se que grande parte disso se deve a graduação. Na formação há grande ênfase na parte clínica e individualizada do sujeito, o que expõem o elitismo histórico da profissão.

Coloca-se a necessidade do deslocamento dos psicólogos pelas fronteiras da sua profissão, elaborando alterações na sua prática e reconhecendo a diversidade da psicologia. Por muito tempo os psicólogos tiveram um alcance restrito na sua atuação, não chegando a muitos locais e pessoas que careciam desta escuta. Há ainda grande desconhecimento e distorção da realidade, ressalta-se a desarticulação que existe entre a formação e o que é exigido no exercício profissional. Aponta-se também que para oferecer novas intervenções, precisa-se conhecer mais esse campo através de estágios, extensão, pesquisas, arriscando a produção de novos conhecimentos e intervenções e de novas metodologias.



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REFERÊNCIAS:

CREPOP. CFP. Referências Técnicas para Atuação do/a Psicólogo/a no CRAS/SUAS. Brasília, Junho de 2008. Disponível em: <https://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2007/08/cartilha_crepop_cras_suas.pdf> Acesso em: 14 de Abril de 2019.

FREUD, S. (1921) Psicologia das Massas e Analise do Eu. L&PMPocket, Porto Alegre, 2016.

MACEDO, J. P; SOUSA, A. P; CARVALHO, D. M; MAFGALHÃES, M, A; SOUSA, F. M. S; DIMENSTEIN, M. O Psicólogo Brasileiro no SUAS: Quantos Somos e Onde Estamos? Psicologia em Estudo, Maringá, v. 16, n. 3, p. 479-489, jul./set. 2011. Disponível em: <http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=287122139014> Acesso em: 17 de Abril de 2019.

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Autoras: 
Flávia Rodrigues
Helena Palavro Basso
Juliane Neves Stolfo